quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Torcida do São Paulo protesta na Vila, e Muricy concorda: 'Tem toda razão'
Enquanto o técnico Muricy Ramalho concedia sua entrevista coletiva nos vestiários da Vila Belmiro, a torcida do São Paulo protestou contra os jogadores em virtude da derrota por 3 a 0 para o Santos, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro. Os alvos preferidos dos tricolores foram os atacantes Osvaldo e Luis Fabiano.
Cerca de 50 torcedores se aglomeraram próximos à porta dos vestiários que leva o grupo de atletas diretamente para o ônibus. O Fabuloso, mais uma vez, foi chamado de “pipoqueiro”. Os gritos ecoaram dentro da sala durante o papo do treinador com os jornalistas.
O protesto, porém, não foi organizado pela torcida que estava no setor reservado aos são-paulinos no estádio. Para evitar conflitos fora da Vila Belmiro, eles só foram autorizados a deixar as arquibancadas por volta de 0h40, seguindo ordens da Polícia Militar.
Muricy, aliás, se mostrou favorável à irritação dos torcedores. O treinador elogiou a boa presença de público nos últimos jogos do São Paulo no Morumbi e acredita que a cobrança é válida.
- O torcedor nunca viu o São Paulo desse jeito. Ele tem toda razão, está lotando o Morumbi. Temos de aguentar e respeitar. Domingo, a torcida não vaiou quando acabou o jogo porque viu que o time lutou. Hoje não tem cabimento. Vai me desculpar, mas a torcida tem razão. Não merecemos outra coisa.
Marcelo e Borges contam segredo para ataque arrasador: 'Coletividade' O Cruzeiro já marcou 54 gols nos 25 jogos disputados pelo Brasileirão
Com a vitória por 4 a 0 sobre a Portuguesa, na noite desta quarta-feira, no Mineirão (veja os gols da partida no vídeo ao lado), o Cruzeiro chegou a 54 gols em 25 jogos pelo Campeonato Brasileiro, o que representa uma média de 2,15 por partida. Como a defesa tem bom desempenho - apenas 20 gols sofridos -, o saldo de gols da Raposa também é notável: 34. Para se ter uma ideia, o segundo melhor ataque do Brasileirão é o do Atlético-PR, que fez 43 gols, e o segundo time com melhor saldo é o Grêmio, com dez. Outro dado interessante é o grande número de jogadores do time que marcaram gols na competição: 17 no total. Da equipe titular, apenas o goleiro Fábio e os laterais Ceará e Egídio não balançaram as redes.
Os dados referentes ao ataque do Cruzeiro ainda têm mais um destaque: o grande número de jogos vencidos por três ou mais gols de diferença. Em sete oportunidades a Raposa ganhou assim. O time fez 5 a 0 no Goiás, 5 a 1 no Vitória, 4 a 0 na Portuguesa, 4 a 1 no rival Atlético-MG e 3 a 0 em Náutico, São Paulo e Botafogo.
Para o técnico Marcelo Oliveira, os méritos de números tão marcantes devem ser divididos entre todo o elenco, que tem várias possibilidades de jogadas para que diferentes atletas apareçam para concluir.
- O trabalho no Cruzeiro é coletivo. É um time que se movimenta muito, tem rotatividade e chega com muitos jogadores no ataque. Em quase todo cruzamento tem três dentro da área, eu exijo que isso aconteça. Isso dá a possibilidade de estar alternando muito aqueles jogadores que estão decidindo. Além disto, temos muitos batedores de falta e uma bola aérea muito forte, que às vezes decide.
Na questão das bolas paradas, Marcelo faz um paralelo com o time do Cruzeiro campeão brasileiro em 2003, que também usava muito esse artifício para marcar.
- No Cruzeiro de 2003, isso também acontecia. Às vezes o jogo estava difícil e com uma batida de falta do Alex ou uma bola erguida na área e o Cruzeiro fazia o gol. É uma situação de jogo muito bem aproveitada pelo time de hoje também.
O atacante Borges, artilheiro do time na temporada, com 15 gols, seis deles no Brasileirão, concorda com o chefe. Além disso, o camisa 9 da Raposa afirma que é mais importante conquistar o título ao fim do ano do que ter conquistas pessoais, como por exemplo, a artilharia da competição.
- O segredo do Cruzeiro é a coletividade. Não tem o artilheiro do campeonato, mas é um time onde todo mundo faz o gol. São poucos os jogadores que não fizeram os gols este ano no Campeonato Brasileiro. Está revezando, cada dia um faz gol. É melhor a gente ser campeão brasileiro do que ter o artilheiro do campeonato. Estamos no ritmo certo, respeitando todo mundo, em busca do nosso maior objetivo, que, se Deus quiser, a gente vai conquistar lá na frente.
Jogos que o Cruzeiro venceu por três ou mais gols de diferença
| Rodada | Data | Jogo |
|---|---|---|
| 1ª | 26 de maio | Cruzeiro 5 x 0 Goiás |
| 7ª | 14 de julho | Cruzeiro 3 x 0 Náutico |
| 8ª | 20 de julho | São Paulo 0 x 3 Cruzeiro |
| 9ª | 28 de julho | Cruzeiro 4 x 1 Atlético-MG |
| 15ª | 17 de agosto | Cruzeiro 5 x 1 Vitória |
| 22ª | 18 de setembro | Cruzeiro 3 x 0 Botafogo |
| 25ª | 2 de outubro | Cruzeiro 4 x 0 Portuguesa |
Artilheiros do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro
| Gols | Jogadores |
|---|---|
| 07 | Nilton |
| 06 | Ricardo Goulart e Borges |
| 05 | Vinícius Araújo, Willian e Luan |
| 04 | Éverton Ribeiro e Júlio Baptista |
| 02 | Bruno Rodrigo, Dedé e Lucas Silva |
Forlán e Damião 'deixam' gols no Gauchão e veem média despencar
Diego Forlán e Leandro Damião no banco de reservas. Se perguntasse para qualquer pessoa no começo de 2013, ou até poucos meses atrás, poderia soar como brincadeira. Pois a dupla de medalhões convive agora com a condição de coadjuvantes. A explicação pode estar no número de gols. Após o término do Gauchão, o rendimento de ambos registrou forte queda.
O levantamento do Esportenaweb considera duas partes da temporada, antes e depois do Estadual, competição na qual Forlán e Damião foram, respectivamente, artilheiro e vice, com nove e oito gols. Durante o período, o primeiro ainda disputou dois jogos pela Copa do Brasil, marcando um tento, contra uma partida e nenhum gol do segundo. Somando tudo isso, a média do gringo foi de 0,66 por jogo. A partir do início de maio, após o Gauchão, a sua média de gols cai para 0,43. O mesmo vale para Damião, que foi de 0,44 para 0,15 (veja detalhes no quadro abaixo).
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